Atividade de Língua Portuguesa



 Atividade de Língua Portuguesa


Os jovens e a violência: vítimas ou vilões?
   1 A cada dia vemos crescer em nossas cidades as estatísticas de jovens envolvidos em situações de violência. Basear o julgamento sobre a violência cometida por jovens no que ocorre atualmente no Rio de Janeiro – e em muitas outras cidades do Brasil – é, no mínimo, simplista de nossa parte e acaba eximindo a todos de uma ação realmente eficaz para a mudança de nossa realidade.
“Com justiça e igualdade acontecendo poderemos tentar descobrir quem é vilão e quem é vítima”
   2 Os jovens são, sim, vítimas, pois há décadas o Estado priva a maior parte da população do acesso à saúde, educação, cultura, saneamento básico e outros itens fundamentais à formação de um cidadão de excelência. Noções de valores como respeito, educação, cordialidade, entre outras, há muito tempo foram esquecidas ou menosprezadas. As cidades foram segmentadas entre os que têm e os que não têm direito a itens fundamentais para um desenvolvimento pleno e sadio. Foram divididas entre os que podiam tudo e os que não podiam nada. Tudo de melhor estava em uma parte da cidade e o restante ficava com o que sobrava. Quem tinha tudo esqueceu que a outra parte da população crescia e, mesmo sem uma educação de qualidade, começava a ter noções do que ocorria no resto do mundo graças à globalização e a difusão das informações. Começaram a querer essas coisas também. E, se não podiam tê-las pelas maneiras tradicionais, o fariam de alguma outra forma. Dariam um “jeito”, mesmo errado. Enquanto uns baseavam o seu ser naquilo que tinham, outros o fizeram através do poder, pela força bruta.
    3  Podemos pensar que são também vilões se lembrarmos que mesmo com tanta informação, bolsas, vagas gratuitas, cursos, um jovem escolhe ficar nas ruas assaltando, roubando e matando. Se há tantos exemplos de pessoas vencedoras que nasceram e cresceram em uma realidade de violência diária, escolher entre a ilusão de poder de chefiar um grupo em sua comunidade através da violência ou crescer na vida com esforço e trabalho parece uma decisão simples.
   4 E para quem nasceu com segurança, teve uma educação formal razoável e uma estrutura psicológica e familiar sólida. Porém, para quem cresceu e vive em total insegurança, em locais onde se dorme e acorda ao som de tiros, estuda – isso quando o professor consegue chegar até a escola – muitas vezes abaixado ou deitado no chão para se proteger de bala perdida, tem de esperar horas para ter acesso a tratamento médico e é humilhado por atendentes, seguranças e enfermeiros, no limite de suas condições humanas por causa do estresse, entre outras diversas questões, é difícil tomar a decisão mais correta e as escolhas feitas nem sempre são as melhores.
   5  Hoje temos diversas bolsas de auxílio para os jovens. Em cada comunidade há dezenas de projetos sociais que prometem mudar a vida das pessoas. Vende-se uma falsa ideia de que quem mora em uma favela tem direito a coisas que a classe média não tem.
Claro, há, sim, dezenas de oportunidades para qualquer indivíduo, seja ele de onde for. Porém, nem todos cresceram em um ambiente que mostrasse o valor disso. Muitos cresceram ouvindo promessas e experimentando atividades que iniciavam e não acabavam, acostumaram-se a cursos e aulas dadas de qualquer maneira, sem despertar o real interesse dos alunos.
Quando aprendermos a tratar a todos da mesma forma teremos uma sociedade mais justa e igualitária. Com justiça e igualdade acontecendo aí, sim, poderemos tentar descobrir quem é vilão e quem é vítima.                                                              Marcelo Andriotti
http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/os-jovens-e-a-violencia-vitimas-ou-viloes-8kuvtagokluxfl5l6uiulqu30
Após a leitura do texto responda no caderno:
1.De acordo com o texto, a cada dia vemos crescer em nossas cidades as estatísticas de jovens envolvidos em situações de violência, por que você acha que isso acontece?
2.Marcelo Andriotti apresenta dois pontos de vista em relação aos jovens serem vítimas ou vilões. Explique com suas palavras os argumentos usados por ele para justificar porque os jovens são vítimas.
3.Explique os argumentos que Marcelo Andriotti utiliza para embasar sua tese de que os jovens também são vilões em relação aos atos de violência ocorridos no nosso país?
4.Com qual ponto de vista você concorda? O que afirma que os jovens são vilões ou o que afirma que eles são vítimas? Por quê?
5.Qual é a dica que Marcelo Andriotti dá para que possamos descobrir quem é vilão ou vítima em relação aos atos de violência ocorridos pelos jovens em nosso país?
6.Você acha que o sol pode nascer para todos, ou seja, as boas oportunidades surgem para todos ou apenas para pessoas que nasceram em uma vida estruturada financeiramente? Explique.
7.Você acha que a vida é feita de escolhas ou quando nascemos Deus já traçou um destino para cada um de nós? Comente.
8.Será que o homem é corrompido pela sociedade, por exemplo: se eu nasci no meio de pessoas corruptas , invejosas, rancorosas, amargas, fingidas, ladras, vou aprender a ser como elas ou não? Comente.
9.O que é violência para você? Explique.
10.Você já presenciou , viveu ou cometeu um ato de violência? Conte como foi.
11.Esse texto é um artigo de opinião. Qual é a sua opinião em relação a jovens se envolverem em atos de violências, que muitas vezes acabam matando pessoas inocentes?
12.Você acha correto  meninos ou meninas de 12 a 18 anos portarem revólveres ou armas brancas? Comente.
13.O problema de tanta violência em nosso país está em quem? Na sociedade ou nos governantes? Comente.










PROJETO DE AÇÃO: “ Viajando na leitura”



PROJETO DE AÇÃO

*Tema Gerador: Leitura
*Subtema: “ Viajando na leitura”

*Objetivos:
_Incentivar o hábito da leitura e estimular a criatividade dos estudantes.

*Desenvolvimento:
_Leitura;
_Interpretação e produção de texto;
_Pesquisas;
_Teatro;
_Entrevista;
_Biografia;
_Intercâmbio;
_Recital;
_Quiosques de leitura;
_Apresentações.

*Produções:
_Jornais, livros, poemas, contos, história em quadrinhos, cordéis, fábulas.

*Construções:
_Fantoches, máscaras, jogos, etc.

*Elaboração:
_Murais, painéis, cartazes, gráficos, cesta de poemas.

*Parceria:
_Docentes, Discentes, Direção, Funcionários, Comunidade em geral.

*Avaliação:
_Através da observação, participação e integração nos grupos, desempenho, produção, organização e explicação.


Elaborado pelos professores de: Redação, Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna e Educação Física.

Paulo Freire: da História às concepções sobre E.J.A.

Paulo Freire: da História às concepções sobre E.J.A.

       Falar em Paulo Freire junto a grupos de educação de adultos é sinônimo de estar engajado em um trabalho de jovens e adultos não escolarizados visando à transformação da realidade daqueles que socialmente se encontravam marginalizados de uma sociedade letrada e, na maioria dos casos, vivendo um processo de exclusão social. Paulo Freire, Pernambucano, nasceu em Recife, em 19 de setembro de 1921. De família humilde, teve uma infância marcada por dificuldades econômicas e desde cedo conheceu a pobreza de perto. Foi alfabetizado em casa, por seus pais, escrevendo com gravetos, no chão de terra debaixo das mangueiras do quintal. Como gostava muito de estudar, assim que concluiu a escola secundária, tornou-se professor. Formou-se em Direito, mas não exerceu a profissão. Optou por se engajar na formação de Jovens e Adultos trabalhadores e por atuar em projetos  de alfabetização. A partir de sua prática, com uma metodologia diferente, criou uma teoria epistemológica (estudo crítico dos métodos empregados nas ciências) que o tornou conhecido internacionalmente.  No entanto, "tudo começou", no hoje denominado Período das Luzes da Educação de Adultos - E.D.A. (1959-1964), marcado pelo Congresso de E.D.A. (1958) que se caracterizou pela "intensa busca de maior eficiência metodológica e por inovações importantes neste terreno, pela reintrodução da reflexão sobre o social no pensamento pedagógico brasileiro e pelos esforços realizados pelos mais diversos grupos em favor da educação da população adulta". (FREIRE, 2001. p.17). Participando intensamente desse momento turbulento, Paulo Freire nos traz vários debates sobre a pratica da alfabetização de adultos, numa proposta de pedagogia crítico-libertadora que inclui elementos filosóficos fundamentais como a dialogicidade, a leitura da palavra não dissociada da leitura do mundo, a importância do saber e da cultura do educando, o educando enquanto sujeito de sua historia e tantos outros que estas referencias acabaram por se transformar, no imaginário de muitos educadores, também em um método de alfabetizar o adulto. Apesar do golpe militar de 1964 e de seu exílio, Paulo Freire continua sua luta por uma educação libertadora nas suas andanças pelo mundo e, no Brasil, nas décadas de 1960 a 1980, os movimentos populares e inúmeros militantes continuam seus trabalhos de alfabetização de adultos na clandestinidade. Momentos extremamente duros, mas que foram muito alimentados pelo ideário e pelas experiências do grande educador, que mesmo longe não deixava de contribuir para a resistência de um trabalho político-social-educativo em um mundo que precisava ser transformado e humanizado. A Constituição Federal de 1988 previa em seu artigo 208, inciso 1º, que o Ensino Fundamental fosse obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso em idade própria e,  praticamente, da mesma forma. Em Educação de Jovens e Adultos, a figura do professor  Paulo Freire representava para muitos, e principalmente para aqueles que se constituíram em grupos de resistência às praticas educativas calcadas no ideário do Mobral, a possibilidade da definição de uma política que incorporasse a importância da educação de Jovens e Adultos na transformação social da cidade e não somente uma educação visando o processo produtivo do país. Isso porque, "a prática educativa", reconhecendo-se como "prática política", se recusa a deixar-se aprisionar na estreiteza burocrática de procedimentos escolarizantes; lidando com o processo de conhecer, a pratica educativa é tão interessada em possibilitar o ensino de conteúdos às pessoas quanto em sua conscientização.(FREIRE, 1983, p. 27).

LEITURA E ENTENDIMENTO: O que leva o aluno ao fracasso escolar?



O que leva o aluno ao fracasso escolar? E quais são os causadores desse fracasso ?
O objetivo é compreender as diferentes situações do fracasso escolar através de aspectos físicos, químicos e psicológicos que levam a alteração de comportamento e por fim analisar os fatores que influenciam no fracasso escolar. Na atualidade, várias pesquisas têm sido realizadas na busca de compreender o fracasso escolar na alfabetização tendo em vista os problemas que a leitura e a escrita apresentam à educação (PATTO, 1996; MICOTTI, 1987; SCOZ, 1994). Essas pesquisas indicam a existência de problemas no processo de ensino-aprendizagem da linguagem na primeira série, isto é, problemas relativos à alfabetização, pois é na primeira série que normalmente ocorre à alfabetização. O educando chega à escola com um grande número de experiências, de aprendizagens que são ignoradas pelo professor, pois mesmo antes de ingressar na escola a criança já possui inúmeras vivências que deveriam servir como ponto de partida das atividades do docente. Nesse processo, a criança mesmo não reconhecendo os símbolos do alfabeto, já "lê" o seu meio, estabelecendo relações entre significante e significado. A escola deve dar continuidade a esse processo defendendo a livre expressão da criança, pois com isso o educando enfrentará com mais tranquilidade a grande aventura do primeiro ano escolar: aprender a ler e escrever. Nesse sentido, é necessário que os educadores tenham conhecimentos que lhes possibilitem compreender sua prática e os meios necessários para promoverem o progresso e o sucesso dos alunos. Uma das maneiras de se chegar a isso é através das contribuições que a Psicopedagogia proporciona, pois é a área que estuda e lida com o processo da aprendizagem e com os problemas dele decorrentes. Sua nova visão vem sendo apresentada pela Psicopedagogia e vem ganhando espaço nos meios educacionais brasileiros, despertando o interesse dos profissionais que atuam nas escolas e buscam subsídios para sua prática. O interesse em pesquisar a forma como a intervenção psicopedagógica pode contribuir para a prevenção do fracasso escolar na alfabetização é devido à desatenção que tem sofrido o ensino da leitura e da escrita, e o baixo rendimento escolar, nas primeiras séries do Ensino Fundamental.

Conclusão

Conclusão Ao fim do trabalho, pode-se concluir que a pesquisa realizada ampliou o conhecimento a respeito dos pronomes e forneceu i...