Trocando ideias.



Os sete saberes: Edgar Morin

O educador, pensador, antropólogo, sociólogo e filósofo Edgar Morin é o responsável pela sistematização de um conjunto de reflexões cujo objetivo é servir como ponto de partida para se repensar a educação do século XXI. Formado em Direito, História e Geografia, Morin é autor de mais de trinta livros, entre eles O método (6 volumes), Introdução ao pensamento complexoCiência com consciência e Os sete saberes necessários à educação do futuro.
A reflexão que originou o texto sobre Os sete saberes necessários à educação do futuro teve início por iniciativa da UNESCO, em 1999. Uma primeira versão do texto circulou pelos líderes educacionais de diversos países que acrescentaram comentários, sugestões e remanejamentos, até que em 2001 foi finalizado e publicado por Morin.
O resultado foi um conjunto de reflexões e descrições de eixos e caminhos para todos os que pensam e fazem educação, introduzindo novos e criativos debates sobre a educação para o Século XXI.
Os sete saberes indispensáveis enunciados por Morin são:
  • As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão
  • Os princípios do conhecimento pertinente
  • Ensinar a condição humana
  • Ensinar a identidade terrena
  • Enfrentar as incertezas
  • Ensinar a compreensão
  • A ética do gênero humano
A seguir, uma breve descrição sobre cada um dos pontos apresentados por Morin como inspirações para o educador ou os saberes necessários a uma boa prática educacional:

As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão
O conhecimento deve preparar o indivíduo para enfrentar os riscos e as situações da vida diária com sabedoria e discernimento. Para tal, é necessário que a educação desenvolva as características cerebrais, mentais e culturais para não induzirem ao erro ou ilusão.

Os princípios do conhecimento pertinente
É primordial que os educadores apresentem aos seus alunos realidades locais ao mesmo tempo em que as contextualizem com acontecimentos do mundo. Isso porque acontecimentos e conhecimentos fragmentados dificultam o entendimento e o conhecimento global.

Ensinar a condição humana
O ser humano é uma unidade complexa. É um ser que ao mesmo tempo é físico, biológico, psíquico, cultural, social e histórico. Assim, as disciplinas escolares devem integrar os conteúdos promovendo o desenvolvimento do humano na sua totalidade.

Ensinar a identidade terrena
Mostrar aos educandos que o acontecimento da localidade interfere na totalidade e que tudo está interligado, ou seja, as decisões e atitudes de um local podem atingir toda a humanidade pois vivemos em uma imensa comunidade, com destino comum.

Enfrentar as incertezas
É preciso saber lidar com as incertezas, limitações, imprevistos e novidades que surgem a cada dia. A escola deve preparar os alunos para que sejam capazes de enfrentar esses desafios inesperados, fortalecendo as suas estruturas mentais e assim resolvendo seus problemas de modo construtivo baseado em situações anteriores.

Ensinar a compreensão
A comunicação não garante a compreensão e um dos obstáculos da educação é a compreensão. Muitas vezes o mal entendido gera conflitos e a diferença de cultura, a falta de respeito à liberdade e o egocentrismo são fatores que devem ser observados para compreender o outro e o eu. A compreensão favorece o pensar pessoal e global.
Para Morin,“se descobrirmos que somos todos seres falíveis, frágeis, insuficientes, carentes, então podemos descobrir que todos necessitamos de mútua compreensão.” (p.100)
Faz-se necessário compreender o outro para que nesta troca também sejamos compreendidos.

A ética do gênero humano
A ética deve conduzir o humano a um caráter sociável e humanizado. O educador deve despertar nos alunos a consciência de que tudo o que se faz reflete em nós mesmos e, para que tudo fique bem para todos, é necessário ter consciência dos atos praticados, desenvolvendo no ser humano suas aptidões individuais e coletivas.

A partir dos pontos acima, notamos que a educação do futuro exige um esforço transdisciplinar que seja capaz de rejuntar ciências e humanidades.
Edgar Morin expõe argumentos para que nós educadores possamos enfrentar os paradoxos que o desenvolvimento tecno-econômico traz para a educação, ao mesmo tempo em que assumimos a necessidade de priorizar a “ética da compreensão planetária” na educação do futuro.
Esses sete saberes objetivam estimular os educadores brasileiros a se movimentarem para uma educação sustentável para todos, aprimorada e adequada às novas realidades.
Toda educação precede da participação do indivíduo de modo particular e no grupo social que está inserida. Assim, convidamos todos os professores a refletirem e colocarem em prática uma educação focada em formar indivíduos para as relações globais e com a consciência de que tudo está inserido nas partes e no todo, e que nossas atitudes definem o nosso futuro.

Dinâmica para retorno às aulas



Dinâmica para retorno às aulas

O período de volta às aulas é uma etapa de recomeço. Por isso, é possível que se levem alguns dias para retomar a dinâmica e ritmo em classe. Pensando nessa fase de transição e readaptação à rotina escolar, é importante integrar os alunos novos e receber bem os antigos. Para isso, os professores podem usar sua criatividade e investir em jogos e atividades cooperativas e colaborativas que envolvam questões de desenvolvimento pessoal, social e emocional, além de cidadania.
Sempre respeitando a individualidade de cada aluno, as características do grupo e a liberdade criativa do professor, essas atividades podem também representar algo que se estenda até o ambiente familiar.
A exploração do tema “férias” é um bom recurso a ser utilizado nessa rotina gradativa de volta às aulas. Cada professor, conhecendo as individualidades de seus alunos e grupo, pode colocar em prática suas ideias disponibilizando espaços nos quais as crianças possam contar sobre suas experiências, vivências, aprendizados e aventuras de férias, de modo espontâneo.
Veja a seguir algumas atividades recomendadas:

Árvore das férias
Recomendado para crianças do Ensino Fundamental I e II, essa brincadeira consiste em montar uma árvore com os registros de tudo que aconteceu nas férias.
Sugestão:
De um modo criativo, a turma deverá criar uma árvore onde o professor coloca perguntas relacionadas às férias: como foi? Com quem foi? Para onde foi? O que mais gostou? O que não gostou? Ou pede para os alunos descreverem uma atividade relevante ou um momento desafiador etc. O professor pode ser bastante abrangente de acordo com seus alunos e turma.
Cada criança receberá uma “folha da árvore” para escrever ou desenhar o que quiser. Depois, essa folha deve ser fixada na árvore para, em determinado momento, alunos e professor compartilharem esse material.
Aproveite para ampliar os diálogos e abranger as aprendizagens a partir das informações trazidas pelos alunos, como: localizações, diferentes línguas e culturas, sentimentos etc.


Não deixem as bexigas caírem
Outro jogo cooperativo e bastante dinâmico, que representa a importância do indivíduo e sua colaboração para o sucesso e as conquistas do grupo é chamado: “não deixem as bexigas caírem”.
Essa atividade promove um momento de descontração e colaboração que aproxima os alunos e pode ser trabalhada com diferentes faixas etárias.
Sugestão:
O professor convida todo o grupo a se dispor em uma sala com o intuito de não deixar as bexigas que serão jogadas caírem no chão. Em seguida, o professor começa a jogar bexigas cheias para que o grupo as mantenha no ar. A quantidade de bexigas deve ser definida de acordo com o número de alunos no grupo, de modo que haja uma bexiga para cada cinco alunos. Então, o professor começa a retirar aleatoriamente um aluno da brincadeira (explique isso antes para não causar chateações), até que não restem alunos suficientes que consigam manter as bexigas no ar.
A ideia é mostrar que todos são fundamentais para o grupo e assim estreitar os vínculos entre os alunos.
O comprimento
Por fim, que tal promover uma dinâmica para, além de integrar o grupo, desenvolver a noção de estimativa, equivalência e medida por meio de comparações.
Sugestão:
Começar a brincadeira organizando os alunos em quatro grupos. Cada um deles deve receber ou escolher um objeto que substituirá a régua como unidade de medida. Esse objeto pode ser uma caneta, uma borracha, um livro ou até alguma parte do corpo da criança. Deixe que cada um escolha o objeto desejado.
Em seguida, será o momento de definir o que cada grupo deve medir, como, por exemplo, a carteira, a porta, a lousa, a altura da parede onde começa a janela, a altura do colega etc.
Porém, antes que a turma inicie as medições, as crianças deverão fazer estimativas, como, por exemplo: quantas borrachas elas acham que seriam necessárias para determinar o comprimento da mesa? E a largura? Etc.
Após a medição, os resultados das estimativas podem ser comparados e utilizados para incentivar a percepção das crianças em relação às medidas-padrão.
Espero que essas dicas tenham ajudado. Boa volta às aulas!



Meu Direito: Tire suas dúvidas sobre "Licença Prêmio"


Informativo

               Meu Direito: Tire suas dúvidas sobre "Licença Prêmio".


No serviço público, além dos deveres o funcionário possui diversos direitos, muitos deles desconhecidos em parte ou em sua totalidade principalmente pelo fato de o Estatuto Jurídico do Servidor Público, a Lei 143/91, que trata de todos os nossos direitos e deveres ser uma lei que a pouco tempo circula na internet não sendo de conhecimento de todos.
Entre os vários direitos previstos na lei está o direito à Licença Prêmio onde várias pessoas se confundem às vezes em relação a quando pode ser retirada, quais seriam as alterações salariais durante o período, qual é o tempo da licença, como solicitar dentre outras curiosidades.

A Licença Prêmio está  VIII do Estatuto Jurídico. Segue abaixo o trecho retirado da Lei com comentários acerca do direito:

"Seção VIII
Da Licença Prêmio
Art. 198 - A cada quinquênio de efetivo serviço prestado ao Município de Formosa, na condição de titular de cargo de provimento efetivo o funcionário terá direito a licença prêmio de 03(três) meses, a ser usufruída ininterruptamente, com todos os direitos e vantagens do cargo".
Comentário do SINPREFOR - Note na lei que o quinquênio de efetivo serviço prestado contabiliza cada cinco anos de serviço dos titulares de cargo de provimento efetivo. Ou seja, a partir do primeiro dia de trabalho do servidor efetivo, este dia já é contabilizado para efeito do direito (e neste caso o estágio probatório também é contabilizado). E a cada 5 (cinco) anos de serviço, este trabalhador tem direito a 03 (três) meses de licença que devem ser tiradas sem interrupção com todos os direitos e vantagens garantidas.

"Parágrafo Único - O funcionário ao entrar em gozo de licença prêmio perceberá, durante este período, o vencimento do cargo de provimento efetivo acrescido das vantagens pecuniárias a que se fizer jus".
Comentário do SINPREFOR - O parágrafo único deste artigo deixa claro que o servidor que entrar com a licença prêmio receberá o seu vencimento com todas as vantagens pecuniárias garantidas. Neste caso, as gratificações, os quinquênios e outros. Em caso de alteração salarial durante o período procure o nosso escritório para maiores esclarecimentos.

"Art. 199 - Em caso de acumulação de cargos, a licença prêmio será concedida em relação a cada um deles simultânea ou separadamente.
Parágrafo Único - Será independente o cômputo do quinquênio em relação a cada um dos cargos."
Comentário do SINPREFOR - O artigo 199 e parágrafo único deixam claro que nos casos de servidores que possuem dois cargos, o mesmo trabalhador tem o direito à licença para cada um deles seja tirando um de cada vez ou simultaneamente.

"Art. 200 - Suspende a contagem do tempo de serviço para efeito de apuração do quinquênio:
I - licença para tratamento da própria saúde, superior a 180 dias;
II - licença por motivo de doença em pessoa da família, superior a 120 dias;
III - falta injustificada;
IV - licença para tratar de interesses particulares;
V - licença para atividade política;
VI - pena de suspensão.
Parágrafo Único - Para os efeitos deste artigo, suspensão e a cessação temporária da computação do tempo, sobrestando-o a contar do início de determinado ato jurídico-administrativo e reiniciando-se a sua contagem a partir da cessação do mesmo."
Comentário do SINPREFOR - O artigo 200 traz as suspensões da contagem do tempo que nada mais é do que os casos que param a contagem para, posteriormente, voltar a ser contabilizado. Por exemplo, se o servidor retira uma licença de seis meses para interesses particulares, o tempo de efetivo serviço pára e, depois do retorno ao trabalho, volta a ser contado de modo que aqueles seis meses não poderão ser contados para retirada da licença prêmio. Portanto, muito cuidado ao se solicitar as licenças acima descritas.

"Art. 201 - Para apuração do quinquênio computar-se-á também, o tempo de serviço prestado anteriormente em outro cargo, desde que entre um e outro não haja interrupção de exercício por prazo superior a 30(trinta) dias."
Comentário do SINPREFOR - No caso acima retratado leva-se em consideração os casos onde o servidor é readaptado ou sai do cargo de origem para outro de maneira legal. Nestes casos, o funcionário tem 30 (trinta) dias para se firmar no outro cargo.

"Art. 202 - Para efeito de aposentadoria será contado em dobro a licença prêmio que o funcionário não houver gozado."
Comentário do SINPREFOR - O artigo 202 é um dos artigos que traz muita polêmica em relação ao direto da licença e da aposentadoria. Os sindicatos, de um modo geral, aconselham os servidores a não fazerem o acúmulo desse direito para "trocá-los" pelo dobro de tempo na aposentadoria. Ao invés disso, o SINPREFOR, assim como a maioria dos sindicatos, sugere que não sejam acumulados mais que duas licenças de modo que, próximo da aposentadoria e caso o servidor queira, ele pode trocar as duas últimas por 1 ano conforme o artigo 202 menciona. 

Importante dizer que, se o servidor já possui duas licenças que ainda não foram retiradas e pretende acumular a terceira o SINPREFOR aconselha que seja protocolizada e solicitada uma das duas imediatamente uma vez que há entendimentos da justiça em geral que possam prejudicar o trabalhador. Abaixo algumas perguntas comuns:

O tempo da licença prêmio é contabilizado para aposentadoria? Sim. Os três meses da licença são contados para efeito de aposentadoria uma vez que a Prefeitura Municipal paga o tempo de descanso viabilizando a permanência do vínculo empregatício.

O tempo de estágio probatório é contabilizado para a Licença Prêmio? Sim. Conforme vimos no artigo 198 e em todo o contexto da lei não há diferenciação neste sentido de modo que, como o Estatuto é uma lei municipal que regra nossos direitos o estágio pode ser sim contabilizado.

Se a Prefeitura se negar a atender o meu pedido de Licença Prêmio? O que devo fazer? Primeiro deve tentar encontrar os motivos onde o seu pedido foi indeferido já que existem algumas suspensões de tempo de serviço como vimos acima. No caso, antes de mais nada, procure o RH da Prefeitura eles são obrigados a fornecer os motivos. Caso não consiga ou ache que os motivos não são justos, procure o escritório do SINPREFOR levando os dados para que possamos fazer uma análise jurídica.

Como faço pra tirar minha licença? Após cinco anos de efetivo serviço, encaminhe para a Prefeitura, através do Protocolo sua solicitação incluindo o tempo dos três meses que quer retirar de licença.

O empregador tem o direito de não dar a licença prêmio, no caso a Prefeitura por motivo de falta de verbas? Não. A licença é um direito do trabalhador e deve ser respeitado pela Administração desde que se respeite um contingente satisfatório para o trabalho em um respectivo setor. O motivo falta de verbas não cola.

Fonte: SINPREFOR.

Aviso.

Caros colegas, 

     Muito em breve estarei relatando as minhas experiências diárias em sala de aula. Como em um diário, contarei em tempo real tudo o que acontece em relação a aprendizagem, os anseios, as dificuldades, os sucessos, as metas, os objetivos alcançados ou não alcançados dentro da Escola.

Aguardem!
Carinhosamente, 
Professora Nayvana.

RECEITA DE SUCESSO

APRENDIZAGEM - RECEITA DE SUCESSO.

INGREDIENTES:
01 punhado de bons mestres.
01 e 1/2 dose de afeto ou quanto baste.
10 colheres de bom humor misturadas com pitadas de paciência.
02 toneladas de compromisso.
01 mundo de entusiasmo.
Criatividade a gosto.

MODO DE PREPARO:
Em um ambiente bem agradável, misture meninos e meninas, em doses homogêneas e acrescente um professor, mas que seja legal. Aos poucos vá juntando confiança, afeto, respeito e doses bem medidas de novos conhecimentos.Às vezes, dê uma boa mexida com inovações. regue tudo com muito, muito amor e vá trabalhando essa massa com paciência, carinho e dedicação.
Teste a receita com pequenas avaliações e corrija as possíveis imperfeições. Não precisa sovar a massa, ela cresce sozinha. Nem tampouco precisa ser assada, ao contrário das outras, ela não se assa, amadurece. Salpique tudo com boas notas e decore com promoções merecidas.

TEMPO DE PREPARO: De um instante ao infinito.
RENDIMENTO: Incalculável.
MODO DE SERVIR: Doses homeopáticas e ininterruptas.
ACOMPANHAMENTO: Um prato cheio de realizações pessoais.

SABOREIE SEM MODERAÇÃO!

10 livros que todo professor e educador deve ler

10 livros que todo professor e educador deve ler

Educar seres humanos é uma missão que demanda empatia e aprendizado constante. Com o tempo, a sociedade se transforma, e a educação precisa acompanhar o ritmo dessas mudanças para se manter relevante.
Como sabemos que a leitura é um ótimo instrumento de atualização, listei 10 importantes livros para professores, onde alguns dos quais já foram lidos por mim, e que de fato, abriram um leque de aprendizado muito grande em minha vida pessoal e profissional. Essas obras trazem assuntos enriquecedores acerca do dia a dia do educador e sua relação com o educando, bem como seus desafios em relação à prática pedagógica.
Siga em frente para uma boa dose de inspiração:

1. “Pedagogia da Autonomia”, de Paulo Freire

Paulo Freire foi um dos mais importantes educadores e pedagogos do século XX, sendo até hoje considerado “patrono da educação brasileira”. Portanto, nada mais justo do que começar por ele!
“Pedagogia da Autonomia” é uma reflexão enriquecedora sobre o ato de ensinar. Aqui, são levantados questionamentos sobre os papéis desempenhados por educadores e alunos no processo de aprendizagem.
Freire se utilizou de conceitos como ética, autonomia, curiosidade e capacidade crítica para abordar o tema, e partiu dos seguintes princípios:
  • não há docência sem discência;
  • ensinar não é transferir conhecimento;
  • ensinar é uma especificidade humana.

2. “Quem Ama, Educa”, de Içami Tiba

Esta obra de Içami Tiba fala do papel fundamental que a família desempenha na educação dos jovens, abordando questões como diálogo, tecnologia, limites e valores. Para o autor, responsabilidade e autonomia são conceitos que devem ser trabalhos juntos pelos pais e educadores.
O livro não é focado na educação formal, aquela que acontece exclusivamente na escola, mas na educação cidadã, que acontece a todo momento e em todos os lugares.

3. “A Organização do Currículo por Projetos de Trabalho”, de Fernando Hernández e Montserrat Ventura

A partir da obra de John Dercy, pedagogo estadounidense, os educadores Hernández e Ventura questionam a organização tradicional dos currículos escolares e sua eficácia.
Para eles, todos os conteúdos podem ser aprendidos com a elaboração de projetos coletivos, o que evita que os alunos assumam um papel passivo na aprendizagem, levando-os a se tornar responsáveis por ela, com o auxílio do professor.
Hernández ainda aponta que trabalhar com projetos, em vez de manter as divisões clássicas entre disciplinas, é apenas uma das formas de permitir a aprendizagem por meio da interação. Há muitas outras.

4. “Educar na Esperança em Tempos de Desencanto”, de Chico Alencar e Pablo Gentili

O historiador e político brasileiro Chico Alencar se alia ao professor argentino Pablo Gentili para refletir sobre a prática docente e seu significado na América Latina.
Os autores se dedicam a analisar os desafios que a educação e os educadores enfrentam atualmente, como desemprego e tecnologias excludentes, contrastando-as com noções de cidadania e moralidade.

5. “A Alegria do Ensinar”, de Rubem Alves

Rubem Alves foi um psicanalista, educador e escritor brasileiro cujo legado engloba uma multiplicidade de temas.
Nessa obra, com seu olhar otimista, Alves defende que a educação tem um aspecto de imortalidade, já que os alunos lembrarão das palavras dos professores, e, de geração em geração, os ensinamentos sobreviverão. Trata-se de um livro enaltecedor da profissão e de fácil leitura!

6. “Developing Minds”, de Arthur Costa

Nesse livro, o professor emérito da Universidade da Califórnia Arthur Costa se propõe a refletir sobre as mudanças no cenário educacional ao longo dos anos, especialmente em relação à tecnologia.
O livro também aborda como a prática do ensino muda à medida que evolui nosso entendimento acerca do cérebro humano e como ele aprende.
A obra ainda não foi traduzida para o português, sendo inglês seu idioma original.

7. “Pais Brilhantes, Professores Fascinantes”, de Augusto Cury

Augusto Cury é um famoso psiquiatra e professor brasileiro, tendo inúmeras obras sobre comportamento, inteligência e educação publicadas.
“Pais Brilhantes, Professores Fascinantes” gira em todos dos hábitos saudáveis que tanto pais quanto professores devem manter para educar crianças e jovens equilibrados. Também traz técnicas pedagógicas e ideias que podem potencializar a aprendizagem e a sociabilidade em qualquer ambiente.
O livro possui uma versão destinada aos jovens: “Filhos Brilhantes, Alunos Fascinantes”.

8. “Epistemologia Genética”, de Jean Piaget

Outro clássico da pedagogia, escrito pelo biólogo e psicólogo suíço Jean Piaget, para quem o conhecimento era fruto de uma construção contínua que pode ser segmentada em 4 fases:
  • sensório-motor;
  • pré-operatório;
  • operatório concreto;
  • e operatório formal.
De fato, os estudos de Piaget nessa área culminaram na criação de uma teoria do conhecimento, explicada nessa obra de mesmo nome.
Esse livro ampliará seus horizontes a respeito dos processos que possibilitam a aprendizagem.

9. “Maria Montessori”, de Hermann Röhrs

Esse livro, que está em domínio público, é apresentado pelo ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad. Sua produção se deu em cooperação com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
A obra traz ensaios sobre a vida da médica e pedagoga Maria Montessori, bem como alguns textos de seu livro revolucionário Pedagogia Científica. Montessori foi uma defensora dos direitos infantis e criou toda uma metodologia focada no aluno, transformando o cenário educacional do século XX.

10. “Gramática da Fantasia”, de Gianni Rodari

O escritor italiano Gianni Rodari apresenta em sua obra ideias para estimular a criatividade e exemplos práticos de como trabalhar a imaginação. Todas as técnicas são fruto de sua experiência com a literatura infantil.
Não é um livro focado na didática em si, mas em como utilizar histórias e narrativas para exercitar a mente e dar-lhe instrumentos para que ela pense “fora da caixa”.
A prática didática é uma atividade ao mesmo tempo nobre e desafiadora, já que a construção de conhecimento depende da interação entre professores, alunos e ambiente. Todas essas obras mostram que a leitura pode e deve ser utilizada, portanto, como um instrumento de aperfeiçoamento e reflexão.
Assim, é válido conhecer o que os principais cientistas, filósofos e pedagogos que pesquisaram sobre a educação têm a revelar sobre o assunto. Você já conhecia alguns desses livros para professores? Compartilhe conosco suas impressões e nos conte como eles influenciaram sua prática!
Sentindo-se inspirado? Que tal compartilhar este post nas suas redes sociais e convidar seus amigos para refletirem sobre a educação?

UMA VISÃO CRÍTICA SOBRE A EDUCAÇÃO.

Ler significa ser questionado pelo mundo e por si mesmo, significa que certas respostas podem ser encontradas na escrita, significa poder ter acesso a essa escrita, significa construir uma resposta que integra parte das novas informações ao que já se é. (foucambert, 1994)
Durante muito tempo os educadores do nosso país não sabiam a real função da leitura, e, talvez ainda não saibam. Com isso, tentavam incutir nos seus alunos que o ato de ler é uma obrigação, necessária para a aprendizagem e para o crescimento profissional, cometendo assim um grave erro que irá marcar toda a história futura desse aluno no seu contato com o livro. É indiscutível que a leitura é um instrumento fundamental para a aprendizagem, no entanto, não podemos, nem devemos restringi-lo a sala de aula. A leitura é um ato social que irá determinar a evolução do cidadão, transformando-o num agente construtor no âmbito da sua individualidade, bem como, da coletividade.
Uma das principais ferramentas, embora não a única, para tentar desenvolver no aluno o prazer de ler, é o livro didático. Nota-se o quanto o professor tem que ter a sensibilidade de perceber que existem outros meios para desenvolver no aluno essa aptidão: gostar de ler. Equiparando-se a uma construção, a maturidade da leitura é construída em uma base sólida, gradativa, mas que o principal pedreiro é o próprio leitor; o que o educador deve fazer é fornecer o material indispensável para a sua edificação, ou seja, mediar o contato entre seus pupilos e o mundo mágico da literatura.
Apesar da sensível melhora na capacidade de leitura, ainda encontramos um grande número de analfabetos funcionais, que detém somente a capacidade de decodificar grafemas, não possuindo a capacidade interpretativa de um texto, de uma imagem, daquilo que o cerca, não percebendo o que está ao seu redor, sendo manipulado com uma certa facilidade por parte da minoria capitalista, a qual tenta silenciosamente perpetuar o modo de educar autoritário, tradicional e ditador.
O principal objetivo da escola deveria ser “formar sujeitos sociais leitores da realidade em que se inserem e capazes de usar a escrita como instrumento indispensável à sua participação na construção do mundo histórico e cultural”(FREIRE, 1982). Infelizmente, ainda não se evidencia essa preocupação por parte de um número considerável dos professores do nosso país. Essa falha por parte do educador ocasionará traumas no educando, afastando-o cada vez mais do seu contato com o livro.
A partir do momento que o educador se conscientiza de seu real papel, mediador, em sala de aula, será possível traçar uma estratégia mais eficaz para sanar algumas deficiências da educação do Brasil.
Para desenvolver o gosto da leitura no educando será necessário partir de suas experiências enquanto leitor, efetuando uma espécie de diagnose do horizonte literário do aluno, munindo-o com obras ou textos de sua preferência. Destarte, o professor poderá traçar objetivos a serem alcançados, através da inserção de novas leituras que tenham pontos de convergências com o arcabouço literário desse estudante.
Ao perceber a ligação que existe entre os diversos tipos de textos e os assuntos debatidos em sala de aula o aluno adquirirá uma maturidade de leitura, assim, será capaz de interceder no mundo como um cidadão participativo nas decisões da sociedade em que está inserido. Será através da maturidade de leitura adquirida pelo aluno que ele intercederá no mundo com cidadão atuante nas decisões da sociedade em que está inserido. Além de perceber a ligação que existe entre os diversos assuntos debatidos em sala de aula, intertextualidade.
A leitura é uma ferramenta fundamental para que o docente alcance os seus objetivos na sua prática: o de fazer com o que o aluno domine sua língua materna. Como diz Sírio Possenti “o objetivo da escola é ensinar o português padrão, ou talvez mais exatamente, o de criar condições para que ele seja aprendido”(1996, p. 17). No entanto, um dos obstáculos para essa aprendizagem é a discussão gerada em torno da linguagem culta de nossa língua. Para muitos, seu domínio é fundamental na vida de cada discente, para outros tantos, sua utilização é supervalorizada.
Diante do exposto, podemos citar a preocupação de estudiosos como Travaglia, que aponta como principal vilão do repúdio ao ensino da língua padrão, o ensino Prescritivo, que subjuga o universo linguístico do aluno, sobrepondo seus conhecimentos empíricos da língua. Com isso, criam-se preconceitos e problemas, por vezes irreparáveis, em torno da autonomia dos indivíduos. Para o pesquisador, além do ensino prescritivo, que está estreitamente ligado a gramática normativa, existem dois outros tipos o descritivo e produtivo.
Travaglia aponta com um dos fatores propagadores da rejeição ao ensino de gramática, a dificuldade que os professores têm em perceberem a diferenciação entre o ensino prescritivo e o descritivo. Este, “objetiva mostrar como a linguagem funciona e como determinada língua em particular funciona”(2002, p. 39), suas variações, dialetos, individualidades de grupos de falantes etc.  Aquele, dita regras de uso da língua, determinando o que pode e o que não pode ser dito, e, quando alguém foge a suas normas, o seu ato é tachado de desvio, erro. Os professores não percebem que o ensino de gramática deve estar estreitamente ligado ao ensino descritivo, e que a gramática prescritiva só traz regras, muitas vezes “injustas”, de seu uso. Só através dessa percepção, o docente poderá traçar um planejamento, visando mostrar aos seus discentes como sua língua funciona, e, que muitos falares, que são discriminados, são variações normais, perfeitamente possível de ocorrer em cada grupo de falantes.
Como nos diz Travaglia, o ensino da língua padrão deve perpassar pelo ensino prescritivo, visando levar ao conhecimento do aluno, a sua utilidade, bem como pelo o ensino descritivo, fazendo com que o aluno perceba como realmente funciona sua língua, até se chegar ao ensino produtivo, que para o autor seria o essencial, pois, faria com que o aluno adquirisse novas possibilidades no domínio de sua língua, conhecendo seu funcionamento, alicerçado por seu universo linguístico prévio, que é preponderantemente oral.
O que vemos atualmente, apesar de uma sensível melhora na educação em nosso país, é a supervalorização do domínio da norma culta, consequentemente do ensino de gramática, sob a alegação de que a base de qualquer concurso, vestibular está no domínio das regras de nossa língua. Toda essa elevada valorização faz com que sejam esquecidos outros conhecimentos relevantes na aprendizagem, como a leitura, literatura e a retórica, ou seja, a linguagem, tão importantes quanto a gramática, pois irá possibilita um crescimento uniforme nos diversos setores do conhecimento, essenciais a autonomia linguística individual.
Para que um aluno tenha conhecimento da funcionalidade da sua língua nativa, não é necessário o seu domínio integral, pois à medida que ele se utilize de seu idioma, está construindo empiricamente, por vezes inconscientemente, um sistema de regras próprias de uso, que irá auxilia-lo em sua vida enquanto ser comunicativo.
O sistema de ensino atual, embora tenha havido uma sensível melhora, faz com que a descriminação no uso da língua impostas aos alunos, através da utilização de seus dialetos, sejam descriminadas, colocando os “desvios” da norma padrão como “erros”, que abrirão chagas invisíveis no decorrer da vida desse aluno. A consequência maior desse processo de aprendizagem será o repúdio a matéria de língua portuguesa, levando aos discentes a enxergarem essa matéria como um monstro, consequentemente os docentes sofreram também esse repúdio pois são eles que trazem essa “aberração até eles”.
Deve haver uma verdadeira reforma pedagógica, no sentido de proporcionar uma revolução, que vise promover a valorização linguística, utilizando para isso a educação. Afinal, ela é o mecanismo propulsor para nosso desenvolvimento intelectual. Tendo em vista que todos nós somos indivíduos potencialmente capazes de desenvolver nossa comunicação, pois vivemos em uma comunidade linguística, que por intermédio da interação favorece esse desenvolvimento.
O que aconteceria com essa mudança? Acabaríamos com alguns mitos, como: A língua que é falada em nosso país é única, que há uma forma certa e outra errada de falar, que há somente uma linguagem correta - a norma culta.  Por meio da educação linguística é possível destruir todas essas falsas ideologias, que foram difundidas ao longo da história da educação.
A valorização da diversidade linguística fará com que percebamos que existem variantes linguísticas em nosso país, e que elas não são um erro, pois não impedem nossa comunicação, e não se deram por um mero acaso. Se houvesse um reconhecimento dessas diferenças, poder-se-ia perceber fatos histórico-sociais que foram fundamentais para a formação das variedades linguísticas. Quem mora no sul do país, possui uma forma particular de se comunicar, diferente de quem vive no nordeste. Não há um modelo a ser seguido, as pessoas não são iguais, tampouco são obrigadas a falarem da mesma maneira, afinal cada um tem suas particularidades, possuem elementos que os fazem falar dessa forma, não podendo ser julgado pela maneira como fala, isso pouco interfere no ato de comunicar-se. O importante é que, quando da aquisição da aprendizagem da língua materna, esse processo se tornaria uma coisa mais prazerosa, fugindo do destino fatal de serem obrigados praticamente a aprenderem duas línguas: a falada e a escrita. No entanto, não é tarefa fácil valorizar a Linguística numa sociedade capitalista, que visa por intermédio da educação formar técnicos que exerçam uma determinada função, quase que mecanicamente.

ATIVIDADES DE PORTUGUÊS COM GABARITO - 6º ANO


SUGESTÕES DE ATIVIDADES COM GABARITO
PORTUGUÊS - 6º ANO
                                                                      VOCATIVO

ESCOLA ___________________________________________DATA:_____/_____/_____

PROF:______________________________________________________TURMA:____________

NOME:________________________________________________________________________



Leia este poema:



Quando eu estiver

com o olhar distante,

maninha,

com um jeito esquisito

de quem não está presente,

não se assuste,

ó maninha,

fui logo ali,

no quintal do céu,

colher uma estrela cadente.



MURRAY, Roseana. “Poemas de Céu”. São Paulo: Paulinas.



Questão 1 – Identifique a frase em que o trecho grifado funciona como vocativo:

(     ) “Quando eu estiver [...]”

(     ) “[...] com o olhar distante, maninha [...]”

(     ) “[...] colher uma estrela cadente.”



Questão 2 – O vocativo, presente no poema, refere-se:

(     ) a um elemento da natureza.

(     ) a um animal.

(     ) a uma pessoa.



Questão 3 – O vocativo, identificado na questão anterior, foi empregado em uma linguagem:

(     ) familiar

(     ) regional

(     ) formal



Questão 4 – No sétimo verso do poema, o “ó” acompanha o vocativo “maninha”. Ele é uma interjeição que exprime:

(     ) ordem

(     ) afetividade

(     ) apelo



Questão 5 – Usa-se o vocativo para:

(     ) explicar o sentido de um termo.

(     ) chamar alguém.

(     ) complementar o sentido de um substantivo. 





PORTUGUÊS - 6º ANO
                                                     SINAIS DE PONTUAÇÃO

ESCOLA __________________________________________DATA:_____/_____/_____

PROF:______________________________________________________TURMA:____________

NOME:________________________________________________________________________



Leia:

Berto



Berto era um abominável homem das Neves. Ele gostava tanto das montanhas nevadas, quanto das distantes florestas.

Certo dia, Berto estava perseguindo duas borboletas quando elas pousaram em uma pedra.

Silenciosamente, ele rastejou para perto delas. Mas do outro lado da pedra havia um garotinho.

Que susto! Ele nunca havia visto nada igual! Berto mergulhou na moita para se esconder. Mas ... AAAAIIII! Os galhos tinham vários espinhos!

O garotinho andou até Berto:

– Desculpe-me – ele disse. Eu não quis assustá-lo. Meu nome é Tom. Quem é você

– Eu sou Berto, um abominável homem das neves!



BUCKINGHAM, M. “O não tão abominável homem das Neves”. São Paulo: Ciranda Cultural, 2005. s/p.



Questão 1 – Na passagem “Silenciosamente, ele rastejou para perto delas.”, a vírgula separa uma palavra que indica:

(     ) o modo com que Berto rastejou.

(     ) o lugar para onde Berto rastejou.

(     ) o tempo com que Berto rastejou.



Questão 2 – O ponto de exclamação acompanha a interjeição “[...] AAAAIIII!” que exprime:

(     ) espanto                                            

(     ) dor                                           

(     ) lamento



Questão 3 – A frase “Quem é você” deve ser encerrada com:

(     ) reticências                                   

(     ) ponto final                          

(     ) ponto de interrogação



Questão 4 – No trecho “– Desculpe-me [...]”, o travessão introduz uma fala:

(     ) do homem das Neves, Berto.

(     ) do garotinho Tom.

(     ) do narrador da história.



Questão 5 – Cite os sinais de pontuação presentes no texto:
  Ponto final,de exclamação, de interrogação, vírgula, reticências, dois pontos e travessão.

Conclusão

Conclusão Ao fim do trabalho, pode-se concluir que a pesquisa realizada ampliou o conhecimento a respeito dos pronomes e forneceu i...